HIPERTERMIA
Os seres humanos mantêm a temperatura corpórea entre 36ºC e 37ºC, adaptando-se com facilidade ao meio ambiente externo desde que não haja condições extremas. Isso ocorre por sermos - como os demais mamíferos - organismos homeotermos.
Uma das anormalidades da regulação térmica é a hipotermia por permanência em ambientes frios por longo tempo. A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal do organismo cai abaixo do normal (35°C), de modo não intencional, sendo seu metabolismo prejudicado. Se a temperatura ficar abaixo de 32°C, a condição pode ficar crítica ou até fatal. A hipertermia é a elevação da temperatura do corpo acima da faixa de normalidade. A alteração de temperatura mais comumente observada e descrita é a febre. A reação descrita como um aumento na temperatura corporal nos seres humanos para níveis até 37,5 °C chama-se estado febril; ao passar dessa temperatura, já pode ser caracterizado como febre. A hipertermia grave ocorre quando a temperatura fica acima de 40ºC.
A manutenção da temperatura do nosso corpo é decorrência de um balanço direto entre produção de calor pelo metabolismo e pela temperatura e umidade do ambiente. Um dos mecanismos que o corpo utiliza para manter a sua temperatura dentro de uma faixa estreita, tanto em ambientes frios quanto quentes, é a sudorese. Outros mecanismos que também participam do controle da temperatura corporal são a respiração, os tremores e o controle do fluxo sangüíneo que chega à pele e ao restante da circulação. Quando há aumento da temperatura, sinais do cérebro induzem ao aumento do suor e à vasodilatação, a famosa face “vermelha e molhada” após o exercício físico extenuante. A vasodilatação tem como objetivo a perda de calor para o meio ambiente externo. A evaporação é um mecanismo importante de perda de calor, mas insuficiente para ambientes com umidade relativa do ar acima de 70% ou pouco ventilados.
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