Hipertensao Arterial
ADESÃO AO TRATAMENTO DE HIPERTENSOS DA ATENÇÃO BÁSICA1
Annelita Almeida Oliveira Reiners*
Franciely Marques Franco Seabra**
Rosemeiry Capriata de Souza Azevedo***
Mayara Rocha Siqueira Sudré****
Sebastião Junior Henrique Duarte*****
RESUMO
O presente estudo é de caráter exploratório-descritivo e teve como objetivo verificar a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico de hipertensos de uma unidade de Estratégia Saúde da Família do município de Cuiabá - MT. Participaram 54 usuários com hipertensão arterial sistêmica, a maioria do sexo feminino, de cor negra, idade entre 35 e 65 anos, analfabeta ou com até quatro anos de estudo e com ocupação fora de casa. Os dados foram coletados por meio de entrevista com a utilização um questionário e receberam tratamento descritivo. Os resultados mostraram que, dos 54 usuários pesquisados, nenhum adere totalmente ao tratamento anti-hipertensivo, 50% aderem parcialmente e 50% não aderem. A medida não farmacológica que os usuários de ambos os grupos menos seguem é a de realizar atividades físicas regularmente, seguida da de abandonar o fumo, controlar o estresse psicoemocional e reduzir o sal. Mais de um terço dos usuários pesquisados não conseguem tomar as medicações como prescritas pelo médico. Os desafios que os profissionais de saúde devem enfrentar para favorecer a adesão do usuário ao tratamento e ajudar aqueles que, mesmo com dificuldades, aderem parcialmente, estão relacionados à forma de tratar o usuário e sua família.
Palavras-chave: Adesão à medicação. Cooperação do Paciente. Hipertensão. Atenção Primária à Saúde.
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde prevê que em 2020 haverá cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos e mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento(1).
O aumento da expectativa de vida acarretou e continuará ocasionando aumento das condições crônicas de saúde, que como se presume, será