Hipersensibilidade: Febre reumática
O termo hipersensibilidade se refere a distúrbios que são causados por respostas imunes protetoras, resultando em reações exageradas ou indesejáveis sendo prejudiciais ao hospedeiro, podendo resultar algumas vezes em reações inflamatórias e dano tecidual. As doenças de hipersensibilidade são frequentemente classificadas com base no mecanismo imunológico principal, que é responsável pela lesão tecidual e a doença. A febre reumática é uma doença inflamatória autoimune, provocada pela bactéria Streptococcus beta-hemolítico do grupo A de Lancefield, ela pode afetar o coração, cérebro, articulações e tecido subcutâneo. Essa doença é consequência de uma reação imunológica anormal que acomete indivíduos predispostos, desencadeada pelas infecções de garganta por estreptococos. Nos indivíduos doentes, a reação imune atinge não apenas a bactéria, mas também alguns tecidos do próprio organismo. Esse tipo de inflamação se enquadra no grupo II da hipersensibilidade, conhecida também como hipersensibilidade citotóxica. Esse grupo é definido da seguinte maneira: primeiramente, ocorre quando há uma célula alvo e os antígenos estão na superfície da célula naturalmente ou foram incorporados. Os anticorpos direcionados contra antígenos da membrana celular forma o complexo Ag/Ac, ativando via clássica do complemento e forma o complexo de ataque à membrana, que danifica a membrana celular. A Hipersensibilidade tipo II tem como mediadores os anticorpos das classes IgM ou IgG, que ligam-se ao antígeno por meio de sua região Fab e atua como uma ponte para o complemento por meio de sua região Fc, conduzindo a uma fagocitose, atividade de células exterminadoras ou a lise (mediada por complemento). Os antígenos normalmente são endógenos, embora agentes químicos exógenos (haptenos) que podem se ligar a membranas celulares e causar esse tipo de hipersensibilidade. Toda essa reação pode ocorrer de minutos a