higienópolis
Higienópolis: formação e transformação1
Denise Antonucci
Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo.
Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana
Mackenzie
RESUMO
O presente trabalho amplia o conhecimento sobre o tema Morfologia Urbana e seus correlatos. Procurase sintetizar questões tais como a produção do espaço construído, bem como
conseqüentes tipologias de tecidos urbanos. A cidade de São
Paulo, desde o final do século XIX, evoluiu em direção à Zona Oeste, substituindo antigas chácaras por loteamentos, em especial para a elite cafeeira, como o caso de Higienópolis. Verifica-se como o
Estado contribui para essa expansão urbana por meio de leis específicas que privilegiam o referido loteamento, no sentido, num primeiro momento, de preservar-lhe as
características estritamente residenciais de alto padrão e, com o passar de décadas, possibilitando a verticalização e alteração de usos.
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Durante o século XX, não apenas a alterações de uso e ocupação do solo, mas também alteração no perfil da população residente e aumento da população proveniente de outras regiões da cidade em função da oferta de serviços de educação e saúde e comércio diversificado. Tem-se como conseqüência o aumento exponencial do tráfego de passagem, transformando vias residenciais e tranqüilas, em eixos de ligação de setores da cidade.
PALAVRAS-CHAVE:
expansão urbana, transformação de bairros; alterações de uso e ocupação. 2
1. INTRODUÇÃO
O trabalho amplia o conhecimento sobre o tema “Morfologia Urbana” e seus correlatos. Procura-se sintetizar questões tais como a produção do espaço construído, bem como conseqüentes tipologias de tecidos urbanos.
A cidade de São Paulo, desde o final do século XIX, evoluiu em direção à
Zona Oeste, substituindo antigas chácaras