Resumo Bairro Higienopolis
Entre 1860 e 1905 a região de Higienópolis era ocupada por pequenas chácaras, sua formação se deu a partir da iniciativa de Martinho Burchard e Victor Nothamann que realizaram seu loteamento. Devido a sua grande extensão, seus moradores abrangiam grandes fazendeiros, comerciantes, profissionais liberais e também os primeiros nomes da crescente indústria paulista.
No inicio do século XX, as ruas foram asfaltadas, arborizadas e também foram criados passeios. Diferente do restante da cidade, em que os estilos arquitetônicos mais comuns eram de casas neoclássicas, chalés e geminadas (geralmente de aluguel) o bairro evidenciou forte influencia europeia, muito presente em seus luxuosos palacetes e edifícios públicos, destacando-se então um novo estilo, ‘importado diretamente de Paris’ (TORRES, 1969, pg 84), o “Art Noueau”.
Em 1901, o fazendeiro e industrial Antônio Alvares Penteado, inspirado pelo novo estilo, Art Nouveau, incumbiu o arquiteto sueco Carlos Ekman a projetar um grande palacete, que seria sua residência e seria chamada “Vila Penteado”. O palacete se encontrava em um grande terreno, próximo a Avenida Higienópolis, devido as suas proporções, com dois pavimentos, jardins, hortas, pomares, cocheiras e até mesmo um lago artificial, foi considerado metade palácio metade chácara, e também, uma das obras mais importantes de Carlos Ekman, marco para a cidade de São Paulo.
A partir da tentativa de preservar o caráter residencial do bairro, foram criados pequenos comércios apenas a sua volta e também, após a Primeira Guerra Mundial, surgiram oficinas de artesanato, cuidadas por imigrantes italianos. Outra tendência seguida no bairro ao longo do tempo foi à instalação de escolas, como estava sendo feito ao longo do tempo, com a Escola Americana, posteriormente, Instituto Mackenzie, Colégio Nossa Senhora do Sion, Colégio Claretiano, FAAP, Faculdade de Filosofia Ciência e Letras da USP, Faculdade de Medicina da Santa