Higienismo
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Higienismo
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O higienismo é uma doutrina que nasce com o liberalismo, na primeira metade do século XIX quando os governantes começam a dar maior atenção à saúde dos habitantes das cidades. Consideravase que a doença era um fenômeno social que abarcava todos os aspectos da vida humana.1 A necessidade de manter determinadas condições de salubridade no ambiente da cidade mediante a instalação de adução e tratamento da água, esgotos, iluminação nas ruas, e assim poder controlar as epidemias foram dando forma a esta corrente, que se baseava no
...novo princípio de "rentabilidade" [...] [para reorientar] os valores atribuídos à comida, às bebidas, ao ar respirado no trabalho e no descanso, à limpeza do corpo que necessita deixar penetrar o oxigênio pela pele.
Georges Vigarello2
Índice
1 Origem
2 Desenvolvimento
3 Notas e referências
4 Ver também
Origem
Até o início do século XIX as condições de superlotação dos domicílios urbanos e a pobreza que afetava grande parte da população das cidades provocavam epidemias agravadas pela desnutrição. Os médicos começaram a denunciar as condições de vida como causa principal das enfermidades.
Em Viena, o médico J.P. Frank publicou A miséria do povo, mãe de enfermidades, obra que teve grande repercussão e provocou a adesão de outros médicos, que contribuíram para introduzir o higienismo na medicina, visando erradicar doenças como o cólera e a febre amarela.3
Desenvolvimento
Até 1850 houve apenas algumas tentativas individuais, sobretudo de médicos, de cuidar da saúde da população urbana. Buscavase a origem das doenças em fatores ambientais. Era necessário proteger três elementos básicos: o ar, a água e o sol. Imaginavase que em quantidade e qualidade adequadas, esses elementos poderiam afastar os "miasmas", como se chamavam então os "vapores ou organismos malignos" que, segundo se acreditava, desprendiamse dos corpos dos enfermos