Higiene das Mãos
No dia 15 de maio de 1847 Ignez Philipe Semmelweis, medico húngaro , instituiu como medida obrigatória a Lavagem das Mãos na instituição em que trabalhava como diretor, o Lying Hospital de Viena.
Esta importante medida, considerada um marco histórico na prevenção das infecções, baseou-se nos resultados de sua investigação epidemiológica, após constatar que na instituição havia aumentado o numero de óbitos entre mulheres que acabaram de ter bebes (puerperas), em relação à época da inauguração do hospital.
Observou que o risco de morte ( taxa de mortalidade) era 4 vezes maior na enfermaria em que as pacientes eram atendidas por estudantes de medicina comparada a enfermaria cujo atendimento era realizado por parteiras.
A única diferença encontrada entre as duas enfermarias era que naquela com maior mortalidade, os estudantes de medicina iam para os partos diretamente da sala de necropsia, sem nenhuma higienização das mãos, enquanto as parteiras não participavam das necropsias.
Semmelweis, então concluiu :” os estudantes de medicina devem estar trazendo ( da sala de necropsia) para suas pacientes algo que não afeta as parteiras”.
Outro fator que reforçou sua idéia foi a morte de seu assistente devido ao quadro séptico após acidente durante a necropsia de um paciente com febre puerperal.
Através destas observações sistemáticas e cuidadosas, instituiu como medida de controle destas infecções a lavagem das mãos. Com esta simples medida houve queda rápida da taxa de mortalidade a níveis equivalentes á outra enfermaria.
Em 1865, Semmelweis morre louco, em um asilo, clamando que participara de um massacre, pois a comunidade cientifica, na época, não lhe deu credito.
Mesmo com procedimentos e equipamentos tão complexos como os que temos atualmente, a lavagem das mãos ainda é considerada a principal medida para o controle das infecções hospitalares. Vários surtos descritos em literatura comprovam a possibilidade das infecções cruzadas e alguns deles