Hierarquia da Classificação
Ao longo da história da classificação dos seres vivos, os critérios e os sistemas de classificação adotados sempre estiveram vinculados ao conhecimento disponível sobre as diferentes espécies em diferentes épocas.
É evidente a dependência que sempre ocorreu entre a elaboração de critérios de classificação e o conhecimento da morfologia, da anatomia, da fisiologia, bioquímica, desenvolvimento embrionário e aspectos evolutivos que caracterizam as diferentes espécies.
A história dos sistemas de classificação biológica acompanhou a evolução da construção dos microscópios ao longo do tempo.
A primeira tentativa de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C.), considerado o “pai da zoologia”, que indicou como os animais poderiam ser agrupados de acordo com suas características. Seus trabalhos serviram de base para uma classificação que dividia os animais conhecidos como vertebrados, ou animais de sangue vermelho, e invertebrados, ou animais sem sangue vermelho, e foram utilizados por cerca de 2 000 anos.
Na metade do século XVII, o inglês John Ray (1627-1705) tentou catalogar e dispor sistematicamente todos os organismos do mundo. Foi também o primeiro a usar o termo espécie para designar um certo tipo de organismo.
Os sistemas de classificação utilizados até o começo do século XVIII tinham algo em comum: eram apoiados em um número extremamente limitado de características dos organismos que estavam sendo analisados. Assim, por exemplo, surgiu uma classificação que dividia os animais de acordo com sua forma de locomoção: caminhantes, saltadores, voadores, nadadores.
Os inconvenientes de uma divisão como essa são óbvios, pois um mesmo grupo pode conter seres muito diferentes, contrariando o objetivo principal da classificação. Por exemplo: insetos, pássaros e morcegos são animais voadores. Apesar de muito diferentes quanto à sua estrutura, ficam no mesmo grupo por terem uma única característica comum: o fato de