Hidroterapia: aplicabilidades clínicas
A hidroterapia vem sendo indicada e utilizada por médicos e fisioterapeutas em programas de reabilitação multidisciplinares. Com o seu ressurgimento na década passada, houve um grande crescimento e desenvolvimento das técnicas e tratamentos utilizados no meio aquático.
Existem diversas formas de se usar a água como elemento terapêutico. O termo hidroterapia engloba todas elas, mas podem ser diferenciadas algumas formas distintas de utilização da água em processos profiláticos ou terapêuticos, tais como: hidroterapia por via oral; balneoterapia; duchas quentes, frias ou mornas; compressas úmidas; crioterapia; talassoterapia; fangoterapia; crenoterapia; saunas; turbilhão; hidromassagem; hidrocinesioterapia ou fisioterapia aquática.
A utilização da água como meio de cura vem sendo descrita desde a civilização grega, no entanto essa técnica começou a aumentar gradualmente no início dos anos de 1700, quando um médico alemão, Sigmund Hahn, e seus filhos defenderam a utilização da água para tratamento de úlceras de pernas e outros problemas médicos.
Em meados do século XIX, o professor austríaco Winterwitz fundou uma escola de hidroterapia e um centro de pesquisa em Viena, onde realizava estudos científicos que estabeleceram uma base fisiológica aceitável para a hidroterapia naquela época. Tais pesquisas serviram de impulso importante na instalação dos banhos de turbilhão e exercícios subaquáticos que entraram em uso regular só no começo do século XX. A partir dessa época, a água deixou de ser utilizada de uma forma passiva, através de banhos imersão, e começou a ser utilizada de uma forma mais ativa, empregando a propriedade de flutuação para a realização de exercícios.
Em 1898, o conceito de hidroginástica, que implica o uso de exercícios dentro da água, foi recomendado por von Reyden e Goldwater. Em 1928, o médico Walter Blount descreveu o uso de um tanque com turbilhão ativado por motor que ficou conhecido como “Tanque de