Hidrocarbonetos
A chuva, o vento, o gelo, os rios, os mares e os seres vivos desagregam e alteram continuamente as rochas superficiais ( erosão ) cujos detritos, transportados pelas águas, gelo e vento, até ao mar, depositam-se sobre o fundo formando camadas sobrepostas de areia e de lamas argilosas.
Ao mesmo tempo que se depositam sobre o fundo do mar os detritos resultantes da erosão, depositam-se, igualmente, os sais minerais que precipitam, tais como o sal-gema, o gesso, a calcite... De igual modo, depois de mortos, depositam-se sobre o fundo do mar os organismos animais e vegetais que viveram nas águas marinhas e aqueles que viveram nos continentes e foram transportados para os mares. Qualquer que seja a sua origem, os sedimentos ( depósitos naturais de materiais sólidos fragmentados ou não, inorgânicos ou orgânicos, bem como de precipitados químicos ) que se acumulam sobre o fundo do mar ficam impregnados de água do mar. Por efeito da compressão causada pelo peso das camadas superiores e pela cimentação resultante da cristalização dos sais, uma parte da água do mar será expulsa e a que restar vai preencher, em parte, os vazios minúsculos ( poros e microfracturas ) existentes nos sedimentos, mesmo quando aqueles já estão transformadas em rochas compactas (cimentadas).
A matéria orgânica, após a morte dos diferentes organismos vivos ( plâncton marinho e lacustre, algas, diatomáceas, peixes, moluscos, plantas superiores, etc. ), encontra-se disseminada no sedimento do fundo marinho e/ou lacustre em ligação com partículas argilosas. Para que se não degrade rapidamente é preciso que se deposite, por exemplo, num meio marinho anaeróbico ( desprovido de oxigénio ),