Hidreletricas
Dos 28 projetos de usinas hidrelétricas em implantação acompanhados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), 20 estão atrasados, 4 estão em dia e 4 estão adiantados.
Dentre os que registram atraso, mais do que a metade (13) nem teve as obras iniciadas ainda. E ao menos quatro deles — que, juntos, teriam capacidade para abastecer uma população de 3 milhões de habitantes — têm boas chances de nunca sair do papel. (Leia texto ao lado).
Os atrasos se devem principalmente a dificuldades para obter licença prévia e licenciamento ambiental, além de embargos na Justiça e mobilizações, como greve de trabalhadores ou revolta de populações nativas.
Belo Monte, no Pará, é o maior dos empreendimentos com atraso — apenas dois meses de retardo no desvio do rio, de acordo com a Aneel. “É recuperável”, diz Camilla de Andrade Gonçalvez Fernandes, assessora da superintendência de fiscalização dos serviços da Aneel. A previsão de entrega das primeiras unidades de geração é para 2015 e das últimas, para 2019. O Relatório de Acompanhamento de Estudos e Aneel, cuja atualização data do dia 31 de maio de 2011, aponta 144 projetos de aproveitamento de usinas na Amazônia, entre grandes hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) – aquelas com potencial abaixo de 30 megawatts.
Porque tantas usinas?
O principal objetivo de tantas implantações de usinas hidrelétricas no Brasil é o lucro fácil, o domínio da água e a aquisição de grandes áreas de terra por preço miserável. Assim, em pouco tempo os maiores proprietários de terras e águas brasileiras serão os exploradores de energia elétrica, na sua maioria estrangeiros.
O Governo Federal autoriza a implantação, através da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica e financia a construção com dinheiro público, financiamentos de bancos públicos, como é o caso do BNDES.
A ANEEL mudou a forma de autorizar a construção de usinas hidrelétricas, implantando um sistema que passou a denominar de “PCH - Pequenas