Hidratação no Futebol
INTRODUÇÃO
O futebol é caracterizado como uma atividade intermitente que alterna momentos de alta e baixa intensidade (GUERRA et al. 2004). Durante um jogo de futebol, os jogadores percorrem aproximadamente 11 quilômetros, sendo que a média da distância coberta no primeiro tempo é 5% maior que a do segundo tempo (EKBLOM 1993; BANGSBO; NORREGAARD; THORSOE, 1991). Nessa distância temos atividades que perfazem 3,2 quilômetros de caminhadas, 1,8 quilômetro de corridas e 1,0 quilômetro em sprint, entre outras (SHEPARD 1990).
Tais atividades quando realizadas em condições ambientais extremas como, por exemplo, locais com temperatura e umidade relativa do ar elevadas, impõem aos jogadores uma acentuada perda hídrica que associada à baixa ingestão de fluidos, contribui para ocorrência da desidratação (GALLOWAY 1999). Assim, tem sido descrito que o desempenho no exercício é prejudicado quando o indivíduo encontra-se desidratado a 2% do seu peso corporal e que, se essa perda aumenta para 5%, pode diminuir a capacidade de trabalho em cerca de 30% (HORSWILL 1998). A função cognitiva é um aspecto importante nos jogos coletivos, tais como o futebol, e é prejudicada no momento em que a desidratação e a hipertemia estão presentes (BURKE e HAWLEY, 1997).
FATORES QUE INFLUENCIAM A TAXA DE REPOSIÇÃO DE LÍQUIDOS E DE CARBOIDRATO
Devido ao fato de o futebol ser esporte com duração de 90 minutos, geralmente ocorrem problemas associados à termorregulação e ao balanço hídrico (MAUGHAN; LEIPER, 1994). Sabe-se que o treinamento físico associado ao estresse térmico aumenta o fluxo sanguíneo cutâneo e a produção de suor (KONDO et al., 1996).
Há grande variedade individual de perda hídrica devido a diferenças na composição corporal, taxa metabólica, aclimatação do atleta, temperatura e umidade ambientes, variedade e intensidade de exercícios realizados durante o jogo, diferenças no consumo máximo de oxigênio, diferenças nas funções desempenhadas e falta de