Hgyt
Por PATRÍCIA APARECIDA LEITE MOREIRA
RESUMO
Diante da concepção social da surdez que vem sempre acompanhada de preconceitos e estereótipos é preciso analisar o que geram tais preconceitos para buscar respostas as questões da surdez. As pessoas muitas vezes consideram os surdos como incapazes e associam a surdez com a deficiência mental, visto que o atraso na aquisição da linguagem acarreta problemas na sua aprendizagem e desenvolvimento, pois o pensamento dos surdos fica baseado em experiências concretas, havendo dificuldades de abstração. Entretanto os surdos possuem as mesmas potencialidades de desenvolvimento que as pessoas ouvintes, especialmente se tiverem acesso a um ambiente lingüístico apropriado. O presente estudo realiza uma breve reflexão sobre a importância do fator lingüístico no desenvolvimento cognitivo da criança surda. Tem por objetivo problematizar a questão do acesso a língua de sinais precocemente pelas crianças surdas como determinante para o melhor desenvolvimento das suas estruturas cognitivas. Partindo da conceituação de linguagem, desenvolvimento e aprendizagem a desenvolve a teoria sóciointeracionista relacionando com as questões da surdez. Do ponto de vista metodológico, o estudo pressupõe pesquisa bibliográfica elegendo autores como Vygotsky, Carlos Skliar, Saussure, Oliver Sacks, Marta Kohl, Ronice Quadros, Márcia Goldfeld, dentre outros que trazem discussões atuais sobre o tema. Realiza, portanto uma incursão sobre as questões relacionadas à surdez com base no aspecto da linguagem visando analises acuradas que contribuam para a compreensão da problemática em questão.
Palavras-chave: surdez – linguagem – desenvolvimento – aprendizagem – cognição. INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da humanidade, a surdez tem sido objeto de polêmica e incompreensão. Até hoje a surdez se constitui um desafio tanto para educadores, lingüistas, profissionais da área médica