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Existe um ramo da Geografia que tem como objetivo aplicar o tema da religião associado ao da geografia. Este ramo é chamado de Geografia das Religiões. A compreensão do fenômeno da fé e o entendimento da religiosidade na espécie humana são alguns dos aspectos buscados por este ramo da Geografia, abordando o papel do sagrado e do profano na organização espacial.Esta preocupação com a distribuição da religião vem desde períodos mais antigos. Estudos sobre a frequência territorial das religiões, assim como estudos das crenças como produto da prática humana e suas expressões, já faziam parte da Geografia.
O etnocentrismo, que é a mania que algumas pessoas têm de achar que sua religião é a base de todas as outras, também é estudado pela Geografia das Religiões. Este ramo não é muito conhecido, pois acaba sendo abafado por outras áreas da Geografia, como a urbana, a rural, política, etc.
O fenômeno religioso, sua distribuição e morfologia na paisagem cultural foram levados em consideração nos primeiros estudos, realizados no início do século XX nos Estados Unidos e Alemanha.
O Crescimento da Geografia das Religiões
geografia das religioes
As religiões estudadas na geografia
Depois da Segunda Guerra Mundial, os geógrafos começaram a ter mais interesse por esta área. A obra “Géographie et religions“, de Pierre Deffontaines, foi uma das pioneiras, publicada em 1948. Na década de 70, Maximilien Sorre publicou artigos analisando as atividades religiosas e seus efeitos no espaço social.
Depois desses dois trabalhos, vieram Claude Raffestin e Paul Claval, autor de considerações sobre a combinação geografia e religião. Mais recentemente o geógrafo M. Buttner fez considerações acerca da conveniência do estudo religioso e sua relação geográfica.
O primeiro estudo relevante feito no Brasil, nesta área, ocorreu em 1972, de autoria de Maria Cecília França, uma tese de doutorado para a USP de São