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Capitulo I – Natureza do Signo Linguístico
A língua, reduzida a seu principio essencial, é uma nomenclatura, vale dizer, uma lista de termos que correspondem a outras tantas coisas, assim como também supõe ideias completamente feitas, preexistentes às palavras.
Por mais que os termos implicados no signo linguísticos são ambos psíquicos e estão unidos em nossos cérebros, por um vinculo de associação ele não une uma palavra e uma coisa, mas um conceito e uma imagem acústica. O caráter psíquico de nossas imagens acústicas apare claramente quando observamos nossa própria linguagem, podendo nem movimentar os lábios e nem a língua.
O signo linguístico é, pois, uma entidade psíquica de duas faces, em que esses dois elementos estão intimamente unidos e um reclama o outro. Essa definição suscita ma importante questão de terminologia, dizemos “signo” à combinação do conceito e da imagem acústica, sendo que o uso corrente do mesmo apresenta apenas uma imagem acústica. O signo linguístico assim definido possui duas características primordiais
A arbitrariedade do signo linguístico ocorre na união do significante com o significado, por entendimento do qual o signo é o total resultante da associação de um significante com um significado. O principio de arbitrariedade do signo não é contestado por ninguém, pois as vezes é mais fácil descobrir uma verdade do que lhe assinalar o lugar que lhe cabe.
A palavra arbitrária também requer uma observação, tal que não se deve dar a ideia de que o significado dependa da livre escolha do que fala, ou seja, o significante é imotivado, isto é, arbitrário em relação ao significado, com o qual não tem nenhum laço natural na realidade.
O significante sendo da natureza auditiva desenvolve-se no tempo, unicamente, e tem as características que toma do tempo, como a representação de uma extensão e sendo que essa extensão seja mensurável numa só dimensão, ou seja, uma linha.

Capitulo II – Imutabilidade e Mutabilidade do Signo O signo é