Herpes genital
O herpes genital é uma doença infectocontagiosa sujeita a recidivas, tendo como agente etiológico duas cepas diferentes do vírus herpes simples (HSV), o tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2). A grande maioria dos casos de herpes genital é causada pelo HSV-2, embora a prevalência do HSV-1 esteja em ascensão, principalmente na população jovem e devido à prática de sexo oral. A manifestação clínica pode ser primária ou recorrente, esta última acontecendo por reativação viral. O diagnóstico é feito pelas características clínicas associadas às confirmações laboratoriais da infecção. Diversos estudos clínicos e epidemiológicos demonstram a sinergia entre herpes genital e aids. Na gravidez, a grande preocupação acerca da infecção pelo HSV refere-se à morbidade e à mortalidade associadas à infecção neonatal. Atualmente não existe nenhum tratamento eficaz na cura do herpes genital, mas alguns medicamentos antivirais são capazes de diminuir o tempo da doença e prevenir as erupções. A maioria dos esforços para combater a infecção herpética genital concentrasse no desenvolvimento de vacinas.
1. O HERPES
O HSV é um DNA-vírus, termolábil, sensível a éter, fenol e formol, sendo parcialmente inativado pela radiação ultravioleta, porém resiste bem ao resfriamento. Possui grandes dimensões (150-250 nm) e apresenta quatro componentes básicos: a membrana lipídica mais externa (envelope), o capsídeo icosaédrico que envolve a estrutura helicoidal de DNA em dupla hélice, que por sua vez é circundada por uma substância amorfa (tegumento). O DNA dos herpesvírus é composto principalmente por bases pirimidínicas, fato que aumenta a estabilidade do genoma viral. Neste envelope, que é derivado das membranas celulares das células previamente infectadas, expressam-se, integralmente, as glicoproteínas de superfície próprias dos herpesvírus. Além disto, a replicação do DNA viral (genoma viral) e do capsídeo ocorre dentro do núcleo da célula infectada.
A própria carioteca,