Heresias e Inquisição na Igreja Católica

Heresias e Inquisição na Igreja Católica Apesar do poder de que a Igreja tinha, nem todas as pessoas seguiam rigidamente suas doutrinas. Diversos grupos cristãos formularam interpretações que contrariavam os dogmas oficiais da Igreja, isto é, as doutrinas adotadas como verdadeiras pelas autoridades eclesiásticas.
Além desses grupos, muitas comunidades tinham suas próprias crenças, costumes e práticas, como a adoração a animais, adivinhação por meio de cartas ou de outros objetos, a “consulta” aos mortos, os rituais mágicos para promover o amor ou a separação entre as pessoas, etc.
Os grupos que se desviavam dos ensinamentos da Igreja acabaram sendo perseguidos pelas autoridades religiosas, por cometerem heresia, que é uma ideia religiosa distinta da doutrina oficial católica, sendo, por isso, tida como falsa pela Igreja.
Muitas vezes essas ideias tinham raízes em antigas crenças orientais, romanas, gregas ou germânicas, existentes desde antes do predomínio cristão. Na sua origem grega a palavra heresia significava a escolha, preferencia, opção discordante. Era considerado herético aquele que não mais aceitava os ensinamentos da Igreja Católica e persistia nesse desvio.
1. Principais heresias:
1.1. Heresia dos bogomilos ou bogomilismo:
Surgiu no século XI (onze), na região dos Bálcãs e sobreviveu até o século XV (quinze). Seus seguidores acreditavam que a Igreja Católica tinha sido corrompida pela riqueza e que o Cristianismo verdadeiro existia apenas na pobreza e na vida simples, combatiam o culto a Virgem Maria, aos santos e as imagens que havia nos templos.

1.2. Heresia dos cátaros ou catarismo:
Teve inicio na Europa central, no século XII (doze), e expandiu-se para a região francesa de Albi, onde seus praticantes ficaram conhecidos como albigenses. Acreditavam em um deus do Bem e outro do Mal, Cristo teria sido enviado pelo deus do Bem para libertar as almas humanas. As almas salvas subiam ao céu após a morte do corpo, enquanto as almas pecadoras