Herbicida

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Resistência de plantas daninhas
Autor(es): Dionisio Luiz Pisa Gazziero ; Alexandre Brighenti ; Elemar Voll
A resistência das plantas daninhas aos herbicidas é resultado de um processo natural de evolução das espécies, no qual as plantas se adaptam às mudanças do ambiente. Repetidas aplicações de uma mesma classe de herbicida causa pressão de seleção, fato decisivo no surgimento dos problemas de resistência.
A resistência aos herbicidas é um fenômeno relativamente novo no nosso País. Porém, já foram identificados biótipos resistentes de picão-preto, capim-marmelada, capim-colchão, leiteiro, losna-branca, buva, azevém, capim-arroz e sagitária, em lavouras de soja, milho, trigo ou arroz.
Neste momento, os estados do sul do Brasil convivem com o grave problema da buva resistente ao glifosato. Trata-se de uma planta de entressafra que deve ser controlada na entressafra. Sua convivência tem resultado em elevadas perdas de rendimento, que nos casos mais graves podem chegar a 70% ou mais, bem como provocar aumento na umidade dos grão e descontos causados pelas impurezas.
Os herbicidas podem ser classificados segundo seu mecanismo de ação (hormonais, inibidores da fotossíntese, inibidores da divisão celular ou inibidores de enzimas diversas), pelas características das plantas que controlam (folha larga ou estreita), pela época de sua aplicação (pré-plantio, pré-emergente ou pós-emergente) e se são seletivos ou não seletivos.
Mais recentemente, tornou-se exigência que se inclua a análise do mecanismo de ação dos herbicidas antes da sua recomendação para uso nas lavouras. Herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, usados repetidamente, sem alternância com outros produtos, são os responsáveis, em parte, pelo surgimento de invasoras resistentes. Uma planta invasora pode apresentar resistência a uma única linha de produtos - cujos mecanismos de ação são semelhantes - ou pode ter resistência múltipla,