depressao pós parto
A depressão pós-parto é um importante problema de saúde pública, afeta tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento de seu filho. Atinge aproximadamente 10 a 20% das mulheres nos seis primeiros meses após o parto. Esta patologia deriva de fatores relacionados ao sofrimento biopsicossocial, muitas vezes não controlada, atuando de forma implacável ao seu surgimento. No período pós-parto, a sintomatologia depressiva não difere qualitativamente da que ocorre em outras fases da vida, podendo ser diagnosticada e tratada adequadamente em nível primário de atenção à saúde.
Contudo, menos de 25% das puérperas acometidas têm acesso ao tratamento, e somente 50% dos casos de depressão pós-parto é diagnosticada na clínica diária.
Este transtorno tem duração de meses ou anos, podendo vir a atingir pessoas de ambos os sexos em todas as faixas etárias, sendo que o risco do homem sofrer da doença é de 11% e da mulher pode chegar a 18%. Segundo relatos as manifestações do quadro de depressão pós-parto ocorrem a partir das quatro primeiras semanas após o parto, tendo intensidade maior nos seis primeiros meses.
A maioria dos casos, a síndrome não é detectada e permanece sem tratamento, sendo seu diagnóstico precoce extremamente importante, pois somente dessa forma é possível prevenir possíveis agravos e impactos na qualidade de vida da mãe e no desenvolvimento do bebê.
O diagnostico da depressão pós-parto e muito difícil, uma vez que os sintomas relatados como, alterações do sono, no apetite e fadiga são comuns neste período.
Embora não se disponha de parâmetros fisiológicos para avaliar as manifestações clínicas da depressão, escalas de avaliação são usadas para medir e caracterizar os sintomas.
Dentre as escalas de auto-avaliação existentes, a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) é a mais utilizada para rastreamento de sintomas depressivos que se manifestam após o parto. A escala é composta de 10 enunciados, cujas opções são pontuadas