Herbert marcuse
Filho de judeus, Herbert Marcuse nasceu em Berlim, Alemanha, em 1898. Foi membro do Partido Social-Democrata Alemão entre 1917 e 1918, tendo participado de um Conselho de Soldados durante a revolução berlinense de 1919, na seqüência da qual deixou o partido. Estudou literatura e filosofia em Berlim e Freiburg, onde conheceu filósofos como Martin Heidegger, um dos maiores pensadores alemães na época. Aos 24 anos, ele voltou à cidade natal, onde trabalhou na venda de livros. Em 1928 voltou a Freiburg para estudar com Heidegger que acabara de suceder a cadeira de Husserl, tendo se tornado seu assistente de cátedra. Como um intelectual de esquerda, ingressou, em 1933, no Instituto de Pesquisa Social. Fundado em 1923, junto à Universidade de Frankfurt, tal instituto foi considerado o primeiro de orientação marxista na Europa, composto por marxistas não-ortodoxos, como Max Horkheimer, Theodor Adorno, Walter Benjamin e Jürgen Habermas. O Instituto tinha como objetivo precípuo desenvolver uma teoria social crítica, de análise e interpretação da realidade social existente. Ainda em 1933, por causa do governo nazista, Marcuse não foi autorizado a completar alguns projetos. Ainda no mesmo ano, ele imigrou da Alemanha para a Suíça, indo em seguida para os Estados Unidos, onde obteve a cidadania em 1940. Contudo, entre 1942 e 1951, o filósofo alemão, exilado nos Estados Unidos da América, em razão da perseguição nazista aos judeus, prestou serviços ao governo americano, em especial aos órgãos de informação relacionados à Segunda Guerra Mundial e ao Departamento de Estado. Foi um período histórico conturbado, pois marcado pela ascensão e derrocada do nazismo na Alemanha e pelo surgimento da Guerra Fria, que provocou a divisão do mundo entre duas superpotências: Estados Unidos da América e União Soviética. No período seguinte, começou a carreira de professor universitário de teoria política, primeiro em Colúmbia e em Harvard, depois em Brandeis, onde ficou de 1954