Herança cultural

HERANÇA CULTURAL Herança cultural, para Bourdieu (2002), é o capital cultural, transmitido pelas Famílias. A criança desde sua educação primeira, a educação doméstica, é colocada em contato com diversos agentes e campos sociais. Esses contatos determinarão seu nível de capital cultural. O meio familiar é, deste modo, fator determinante no acesso e domínio que um sujeito pode ter sobre os bens culturais. O hábito adquirido na família está no princípio da estruturação de todas as experiências ulteriores (BOURDIEU, 1994). A família transmite o capital cultural que é aperfeiçoado pela escola, possibilitando o domínio dos códigos que servem de acesso a bens como: obras de arte, música, cinema, teatro, leituras, pinturas, entre outros bens. Com o decorrer do percurso escolar a desigualdade frente ao capital cultural tende a se tornar mais severa, pois os que possuem uma grande quantidade deste tendem a acumulá-lo, e os que não o tem, ou o tem de maneira restrita tendem a estar cada vez mais em situação de desvantagem. Deste modo é de suma importância que o aluno tenha uma boa herança cultural para se destacar na educação e na vida profissional, aja visto que, o mesmo terá mais facilidade para aprender trazendo consigo uma bagagem de conhecimento ao longo de sua vida. CAPITAL CULTURAL Para Bourdieu (1979)3, a noção de capital cultural surge da necessidade de se compreender as desigualdades de desempenho escolar dos indivíduos oriundos de diferentes grupos sociais. Em sua sociologia ele destaca a diminuição do peso econômico, em comparação ao cultural, na explicação das desigualdades escolares. Em seu entendimento, o capital cultural pode existir em três formas: no estado incorporado, no estado objetivado e no estado institucionalizado. O capital cultural incorporado é adquirido nas famílias que participam mais ativamente na definição do futuro escolar dos descendentes, onde as referências culturais, os conhecimentos considerados apropriados e legítimos e o domínio maior