hemorragias dentarias
A extração dentária é um procedimento cirúrgico que apresenta um complicado desafio ao mecanismo da coagulação e existem várias razões para este desafio. Primeiramente, os tecidos da boca e dos maxilares são altamente vascularizados. Em segundo lugar, a extração deixa uma ferida expondo os tecidos moles da boca e o osso, o que provoca o sangramento. Em terceiro lugar, é quase impossível aplicar um material que sele esta cavidade imediatamente após a cirurgia (com o advento do derivado do plasma – selante de fibrina – este problema foi solucionado). Em quarto lugar, os pacientes tendem passar a língua por cima da lesão, removendo o coágulo formado e provocando o sangramento. E, finalmente, as enzimas da saliva promovem a lise do coágulo antes de ele estar totalmente organizado. Como todas as outras complicações, a prevenção das hemorragias dentárias é a melhor maneira de lidar com este problema, antes de toda intervenção cirúrgica. Inicialmente devemos fazer uma boa anamnese, colhendo a história do paciente relativa a: 1- Ocorrência de outros episódios de sangramento no passado:
2- História familiar;
3- Medicação que está sendo administrada tomando e pode interferir na coagulação;
4- Existência de doenças tais como: cirrose, hepatite, hipertensão, etc. Os pacientes com suspeita de coagulopatias devem ser avaliados pelos seus médicos assistentes e com eles discutirem os exames que devem ser solicitados como, por exemplo, o teste de tempo de protrombina (PT). Em segundo lugar, remover ou prevenir as principais causas locais das hemorragias dentárias, que podem ser: 1- tecidos de granulação, cistos, granulomas e abscessos;
2- fraturas de raízes, fraturas ósseas (tecido ósseo alveolar, tuberosidade, mandíbula, etc.);
3- luxação de dentes vizinhos;
4- acidentes no trans-operatório. A maioria das hemorragias dentárias com causas locais acontece por falha na elaboração de um plano cirúrgico,