heloisa soares de moura costa
“Sair da triste condição de periferia significa também alcançar o desenvolvimento sustentável e a preservação da natureza. Mas esse discurso universalista esconde que a condição inequívoca de periféricos nos é dada pela relação desigual das trocas que se estabelecem entre os desenvolvidos e nossos países, ampliando a exploração do trabalho e a miséria da população. Na luta pelo controle ambienta, portanto, não podemos esquecer as “velhas” características da oposição “centro-periferia”, sob o risco de nos condenarmos a uma historia de exclusão social ainda maior.”
“Durante muito tempo predominou um conceito de desenvolvimento que privilegiava apenas os aspectos econômicos do processo histórico. Desenvolvimento econômico, tendo como paradigma o caso da industrialização inglesa, confundia-se com industrialização, com crescimento do produto, com urbanização, com crescimento da renda per capita. Mais tarde se incorporaram ao conceito das dimensões sócio-vitais – esperança de vida, mortalidade infantil. Quer-se mais hoje e condiciona-se o desenvolvimento econômico à preservação ambiental e à melhoria da qualidade de vida. Isto é, não haverá desenvolvimento econômico sem preservação e mesmo enriquecimento do meio ambiente sem melhorias das condições de vida.”