Hegemonia segundo antonio gramsci
Hegemonia é a supremacia de um povo sobre outros, seja através da introdução de sua cultura ou por meios militares.
Em Política, o conceito foi formulado por Antonio Gramsci para descrever o tipo de domínio ideológico de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores.
Para ser mais preciso, em Gramsci quase nunca é possível o domínio bruto de uma classe sobre as demais, a não ser nas ditaduras abertas e terroristas. Para o pensador sardo, correlacionar poder e classes sociais é, certamente, um imperativo de método, mas o fato é que uma classe dominante, para ser também dirigente, deve articular em torno de si um bloco de alianças e obter pelo menos o consenso passivo das classes e camadas dirigidas. Para tanto, aquela classe não hesita em sacrificar uma parte dos seus interesses materiais imediatos, superando o horizonte corporativo e propiciando, exatamente, a construção de uma hegemonia ético-política
Segundo esse conceito, o poder das classes dominantes sobre o proletariado e todas as classes dominadas dentro do modo de produção capitalista, não reside simplesmente no controle dos aparatos repressivos do Estado. Se assim fosse, tal poder seria relativamente fácil de derrotar (bastaria que fosse atacado por uma força armada equivalente ou superior que trabalhasse para o proletariado). Este poder é garantido fundamentalmente pela "hegemonia" cultural que as classes dominantes logram exercer sobre as dominadas, através do controlo do sistema educacional, das instituições religiosas e dos meios de comunicação. Usando deste controle, as classes dominantes "educam" os dominados para que estes vivam em submissão às primeiras como algo natural e conveniente, inibindo assim sua potencialidade revolucionária. Assim, por exemplo, em nome da "nação" ou da "pátria", as classes dominantes criam no povo o sentimento de identificação com elas, de união sagrada com