Hd Artes
Palmas, março de 2015
Profa: Renata Ferreira
Acadêmica: Helda Soares
Contação de história e improvisação na sala de aula
A força da história é tamanha que narrador e ouvintes caminham juntos na trilha do enredo e ocorre uma vibração recíproca de sensibilidades, a ponto de diluir-se o ambiente real ante a magia da palavra que comove e enleva.
A ação se desenvolve e nós participamos dela, ficando magicamente envolvidos com os personagens; mas sem perder o senso crítico, que é estimulado pelos enredos (SILVA, 1997, P. 11).
A arte de contar história em sala de aula é mágica, pois leva o aluno a imaginar, responder perguntas, enriquecer o vocabulário e criar situações reais ou imaginárias.
Tomando como exemplo a contação de história que trabalhei em meu estágio, percebi que os alunos se envolvem com as situações, parecem interagir mais, escutar e participar melhor do processo. Porém, há aqueles que não têm nem comportamento em sala de aula, é um tipo de aluno com o corpo congelado, totalmente indisposto a se exercitar e entrar na dinâmica proposta, pra pensar em participar do processo de contação de história é mais difícil ainda. Trabalhei histórias de improviso com objetos. Em uma sacola com objetos aleatórios formei uma roda e comecei a história. Obedecendo a ordem como os alunos estavam posicionados não deu certo, então aleatoriamente coloquei-os a continuar essa história e improvisar a partir dos objetos que pegavam na sacola. Foi enriquecedor o rumo que a história tomou. A cada aluno um novo roteiro, um novo sentido, uma nova estrada e como eles têm imaginação! Dava para perceber aqueles olhos atentos esperando algo que poderia ou não acontecer, que poderia ou não ser vivenciado, é aqui que é a mágica do processo e a improvisação é de suma importância nesse ponto. Assim como Lecoq, trabalhei o silêncio antes da palavra. É bonito e essencial ter esse ambiente de escuta ao outro, mesmo em silêncio. Nas primeiras improvisações