HANNAH ARENDT: PODER, LIBERDADE E DIREITOS HUMANOS
Resumo:
Os apontamentos de Hannah Arendt, nos trazem uma análise indispensável e de suma importância a respeito de três pontos essenciais para a compreensão de sua filosofia, os quais são: Poder, Liberdade e Direitos Humanos. Assim esse estudo de cunho bibliográfico voltado a essa filosofa, dedica-se a pensar no que pode se entender por Justiça. Para melhor esclarecer tal problemática o artigo se organiza em três momentos: o primeiro refere-se ao poder, que para a maioria é tido como a imposição da própria vontade ao comportamento alheio, o que só pode ser atingido através da convivência pacífica entre os homens, e não vincula-se de forma alguma a ideia de violência, pois esta, somente propicia a sua degeneração. Já o segundo momento está diretamente vinculado à capacidade de compreensão do agir do ser humano, o qual torna-se livre quando exercita a ação e decide em conjunto com os demais, o seu futuro em comum. O terceiro momento dessa investigação volta-se a concepção dessa autora a ideia de cidadania, a qual Hannah chama de “o direito a ter direitos”, e quando exercido, torna possível a existência da liberdade. Conclui-se que retomar seus apontamentos, nos direciona a pensar no reconhecimento de um ser humano como sujeito de direitos, deixa de ser o vínculo jurídico com determinado Estado ou seu status jurídico, e passa a ser a própria existência humana.
Hannah Arendt (1906-1975), filósofa judia nascida na cidade de Linden na Alemanha, era uma mulher de grande magnetismo fazendo questão de ser feminina sem ser feminista. Doutorou-se em 1929, aos 23 anos, com uma tese de Santo Agostinho sobre o ‘Conceito de amor”. Foi aluna de brilhantes pensadores alemãs como Heidegger e Karl Jaspers. Seu destino filosófico parecia já estar determinado, porém a ascensão nazista em 1933 acabou por interromper seus projetos teóricos. Com a crescente onda do anti-semitismo na Alemanha, ela foi perseguida pelo nazismo e