Haicais
De origem japonesa, o haicai se constitui de dois elementos: concisão e objetividade. Seus representantes são Paulo Leminski, Millôr Fernandes e Guilherme de Almeida, entre outros.
O haikai conhecido entre os japoneses e em quase todos os países como haiku, é uma modalidade poética originária do Japão, que prima principalmente por sua brevidade, pela clareza e por ser estritamente objetivo. Estes poemas são construídos com apenas três linhas, na primeira e na derradeira aparecem cinco caracteres japoneses, correspondentes as nossas tradicionais sílabas; sete sinais definem o segundo verso.
No Japão o haikai é normalmente elaborado em uma singela linha verticalmente disposta; no idioma português , ao contrário, os poemas são escritos em três linhas horizontais. Alguns haikais são complementados com uma pintura, a qual é denominada haiga.
Os poetas que se dedicam a esta arte são intitulados haijin ou haicaísta. Um nome paira sobre todos os demais neste ofício, MatsuôBashô, pois ele devotou sua existência ao objetivo de converter o haikai em um exercício de natureza espiritual. Estes versos, em sua versão clássica japonesa, submetem-se a quatro normas, de acordo com o pesquisador Harold G. Henderson: 17 caracteres japoneses, distribuídos em três linhas de 5, 7 e 5 sílabas; eles aludem a temas próprios da vida natural; o haikai retrata um acontecimento singular, e o expressa como se estivesse ocorrendo neste exato momento, não em algum ponto do passado.
Conforme o haiku é importado por outras nações, as suas regras são mais ou menos seguidas, e algumas delas podem até desaparecer, segundo a vontade de seus criadores ou do movimento poético vigente. No Brasil ele desembarcou em princípios do século XX, e foi celebrizado pelo poeta Guilherme de Almeida, que hoje encontra neste país inúmeros seguidores. No padrão por ele arquitetado a primeira linha rima com a terceira, e a segunda contém uma rima interior, ou seja, a segunda