Habitação coletiva e a evolução da quadra
Na quadra da cidade tradicional, os espaços são definidos homogêneos e delimitados, não existem espaços indefinidos em relação ao domínio público e privado, o traçado viário e a habitação são elementos concebidos juntos e não podem ser separados. Já a quadra do Plano Cerdá, previa a ocupação perimetral, os espaços internos se abririam para a cidade e a quadra deixaria de ser residual e passaria a ser parte da composição urbana. A quadra com ocupação perimetral, ainda é resultado do sistema viário, porem a ordenação dos edifícios contribui para novos tipos de vias e espaços urbanos, através de construção diferenciada das esquinas e pela evolução do miolo da quadra. Nos dois tipos eram pensados os espaços públicos, espaços vazios para circulação e o contato entre as pessoas. Há também a quadra com edifícios laminares paralelos, que seguia a forma da quadra que mantinha a forma dos lotes, porem para o urbanismo moderno, os edifícios é que formam a cidade, ou seja, a quadra segue o formato dos edifícios. O edifício-cidade é um resumo do pensamento arquitetônico-urbanístico de Le Corbusier, que representa a substituição da quadra pela unidade habitacional e a conquista do espaço público, a implantação do edifício esta vinculada a orientação solar e não mais ao sistema viário. As megas-estruturas criavam uma topografia artificial, com o desenvolvimento de novas tendências arquitetônicas e as novas possibilidades tecnológicas, a década de sessenta tornou-se um período experimental. Já a quadra pós-moderna contextualista estava relacionada