Gêneros textuais
Flávia N. A.
Em Gêneros textuais na escola, a autora Carla Viana Coscarelli fala sobre como é abordado à questão dos gêneros textuais na escola. Sobre o que são e o que tem de um gênero para outro, já que em muitos casos, como ela mesma cita o poema, existe uma série de fatores que nos levam a considerar um texto como um poema, e também, que muitas vezes, essas características fogem ao seu ponto de partida inicial. Ou seja, se o poema tem digamos, três características, outro poema pode ter quatro ou até mesmo duas características, mas ele será categorizado como poema mesmo assim.
Sobre a forma como ensinar gênero textual aos alunos, Carla cita Bakhtin:
“Quanto melhor dominamos os gêneros tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário), refletimos de modo mais flexível e sutil a situação singular da comunicação; em suma, realizamos de modo mais acabado o nosso livre projeto de discurso”. (BAKHTIN, 2003, p. 285)
Segundo Carla também, devemos nos familiarizar com diversos gêneros textuais, mas não necessariamente produzir todos, apenas saber o que está isolado no texto.
A gramática já não é tão bem aceita, se assim posso dizer, atualmente. Já que em função dela, há muito tempo vem se observando, que somente com o seu uso, o leitor não desenvolve a capacidade de criar um bom texto. “Não tendo a Gramática tradicional como guia para o ensino, os professores de Português ficaram perdidos. Ensinar o quê? Ensinar a ler e a escrever bem. Mas como? É aí que entra o gênero textual como salvador da pátria.” Carla aponta também que não tem nada contra os gêneros textuais e que eles são muito bem aceitos por todos aqueles que sabem usá-los, porém o aluno não deve decorá-lo, até porque seria impossível devido a sua grande variação, mas sim saber o que está escrevendo e com que finalidade: (...)Ou seja, um gênero textual não é só a sua forma,