Gêneros na televisão
Não há como dizer ao certo se existe gênero na televisão, pois segundo o russo Mikhail
Bakhtim, “gênero é uma força aglutinadora e estabilizadora dentro de uma determinada linguagem, um certo modo de organizar as idéias, meios e recursos expressivos, suficientemente estratificado numa cultura de modo a garantir a comunicabilidade dos produtos e a continuidade dessa forma junto às comunidades futuras”.
Com isso, fica estreito quando o assunto se trata de gêneros. Acreditamos que mesmo com todos os conceitos pré-estabelecidos por diversos autores, o gênero dentro da televisão, acaba de certa forma se tornando algo bem complexo. Pois ele visa organizar a linguagem que é instruída no meio.
A televisão por si só já se divide em gêneros. Quadros, blocos, capítulos de determinados programas. Onde juntos, reúnem idéias, conceitos, formação de opinião. A própria televisão, tem uma maneira de organizar esses eventos (citados acima), onde existem esferas mais ou menos definidas, no qual a mensagem é ou não decodificada pelo leitor. Para
Mikhail Bakhtim, essas “esferas” de acontecimentos podem ser chamados de gêneros. Existem numa diversidade tão grande que muitas vezes torna complicado de estudá-los.
Sem contar, que eles são mutáveis, fazem parte de uma cultura que hoje é e amanhã não é mais. Culturas heterogêneas, muitos gêneros ao mesmo tempo.
Como Arlindo Machado mesmo cita, é difícil falar de gêneros num meio onde existe um leque de possibilidades que a televisão oferece aos receptores.
Segundo o que foi debatido em sala, o gênero renasce, se renova a cada etapa, em cada obra individual se dá um gênero diferente, o receptor quem cria um novo gênero. Lança-se a idéia, e o receptor quem escolhe como receberá que nível captará essa mensagem. Portanto, ele quem faz o gênero, ele quem decide em que grupo estará inserido. Isso explica o porquê o gênero se renova, renasce. Porque o receptor nunca irá receber uma