GURUPI TO
Mudanças começaram a se verificar nas décadas de 1930 e 1940. Cidades como Formoso do Araguaia, Cristalândia e Pium surgiram na esteira da exploração do cristal de rocha (quartzo). O período de exploração das minas foi curto, o que levou os aventureiros a se dispersar ou buscar alternativas econômicas. Uma delas foi a exploração de fazendas para agricultura e pecuária. Assim, fixaram-se os primeiros colonos na atual área urbana de Gurupi.
Em junho de 1952, esse pequeníssimo povoamento recebeu o incentivo que marcaria sua história: foi decidida pelo governo federal a passagem da BR-14, rodovia hoje conhecida como Belém-Brasília, por Gurupi. Era o incentivo que faltava para as decadentes cidades surgidas na esteira da exploração do quartzo verem a sua população migrar intensamente para a cidade nascente. Uma planificação urbana inicial não demorou a surgir.
Quando a rodovia efetivamente alcançou Gurupi, em agosto de 1957, o núcleo urbano já era expressivo, a ponto de, em 14 de novembro de 1958, o governo estadual promulgar lei emancipando Gurupi do município de Porto Nacional. A data é, hoje, considerada como a do aniversário da cidade. Além da atual área do município, também eram gurupienses as áreas dos atuais municípios de Cariri do Tocantins, Aliança do Tocantins e Crixás do Tocantins.
A construção de Brasília e a continuação da construção da BR-14 no rumo norte intensificou a migração para Gurupi. Contingentes populacionais oriundos do sul de Goiás, de Minas Gerais, de São Paulo e de estados do Nordeste do país aproveitavam as terras baratas, bem como as condições favoráveis de apoio à atividade agropecuária oferecidas pelos governos federal e estadual goiano.
As décadas de 1970 e 1980 só reforçaram a política de fortalecimento da atividade agrícola. Novas frentes migratórias, agora de paranaenses e, especialmente, de gaúchos, começaram a chegar à região, atraídas pelas terras ainda baratas quando comparadas às terras em seus estados de origem,