GUERRILHA DO ARAGUAIA
INTRODUÇÃO
Desaparecidos do Araguaia
GUERRILHA DO ARAGUAIA: OS BASTIDORES DA GUERRA SUJA
O final dos anos 60 e início dos anos 70 foi sacudido pela truculência do Ato Institucional Nº 5, o famoso e temível AI5.
O mundo caminhava dividido entre bloco socialista e o capitalista, pela manutenção de uma só hegemonia político econômica (A Guerra Fria).
Na América do Sul, Argentina, Chile, Venezuela, Uruguai e Brasil, sofreram com essa ordem político social, imposta pelo bloco capitalista encabeçado pelos Estados Unidos. É neste contexto que vamos tentar mostrar como foi a resistência ao sistema de força imposto pelo Golpe Militar de março de 1964 e endurecido após o AI5, nos chamados anos de Chumbo, decretado por general Costa e Silva e levado ao extremo por general Emílio Garrastazu Médici.
A Guerrilha do Araguaia foi o foco de maior resistência de luta armada no Brasil, aonde foi necessário empregar pelas Forças Armadas, um contingente muito superior ao de outros embates, pois não se esperava encontrar um grupo tão bem treinado e com tanta resistência a força bruta. Nas duas campanhas ocorridas em 1972, duas derrotas vergonhosas para as Forças Armadas, até que na terceira campanha, apoiado pela inteligência do exército, espiões infiltrados, um longo treinamento e nenhum escrúpulo, as forças de repressão conseguiram debelar o último foco de resistência ao sistema ditatorial imposto ao país.
A importância da Guerrilha do Araguaia se dá no momento em que as guerrilhas urbanas já haviam sido sufocadas, e mostra como é possível travar uma luta no campo com situações bastante adversas.
Este capítulo da História recente do Brasil, não pode e nem deve cair no esquecimento, por ser um dos fatos mais marcantes no que toca a humanização da luta. Os personagens dessa história, e sua esmagadora maioria eram jovens que ousaram sonhar com um mundo melhor, com um país livre e igualitário para todos os brasileiros.
Mapa da região onde