Guerras x deus
O Israel antigo, a nação escolhida por Deus séculos antes de o cristianismo ter sido estabelecido, foi autorizado em certas ocasiões a reunir um exército para a guerra. Antes de entrar em Canaã, a terra que Deus havia prometido a Abraão, foi dito aos israelitas: “Jeová, teu Deus, certamente [lhes] entregará [sete nações] e terás de derrotá-las. Deves impreterivelmente devotá-las à destruição. Não deves concluir com elas nenhum pacto, nem lhes mostrar qualquer favor.” (Deuteronômio 7:1, 2) Assim, o general israelita Josué derrotou aquelas nações inimigas “assim como Jeová, o Deus de Israel, havia ordenado”. — Josué 10:40.
Será que se tratou de uma conquista cruel e gananciosa da parte de Israel quando subjugou nações estrangeiras? De modo algum. Aquelas nações estavam cheias de idolatria, e havia muito derramamento de sangue e práticas sexuais depravadas. Até mesmo crianças eram sacrificadas no fogo. (Números 33:52; Jeremias 7:31) A santidade, justiça e amor de Deus por seu povo o levaram a remover toda impureza que havia naquela terra. Mesmo assim, Jeová olhou para o coração de todos — coisa que nenhum comandante militar é capaz de fazer — e poupou os que estavam dispostos a abandonar aquelas práticas ruins e a servi-lo.
O exemplo de Jesus Cristo
Com o estabelecimento da congregação cristã, veio a existir uma nova situação.
Não haveria nenhuma causa que justificasse mais o uso de armas do que a defesa da vida e da segurança de Jesus Cristo. Um de seus apóstolos pensava assim. Quando Jesus foi traído e preso por uma turba armada no meio da noite, seu amigo Pedro “estendeu a mão e puxou a sua espada, e, golpeando o escravo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha”. Foi um uso justificado de armas? Jesus disse a Pedro: “Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.” — Mateus 26:47-52.
A reação de Jesus não é nenhuma surpresa. Dois anos antes, ele havia dito: “Ouvistes que se disse: