guerra
Estamos vivendo nos dias atuais a banalização da violência.
As pessoas se acostumaram a ver violência, tragédias tanto pela mídia quanto no seu dia a dia a ponto de torna-se quase insensível a ela. Vivemos uma paz negativa.
Grande número de crimes são cometido sob o império da necessidade. A miséria conduz ao roubo e a prostituição.
Os traficante das favelas do Rio de janeiro misturam Deus, paz, com o mundo do tráfico. A periferia é onde mais cresce o número de igrejas, porque supostamente acreditam em uma negociação, justificação com Deus. O pastor é tido como um enviado de Deus, uma pessoa que os traficantes respeitam. Eles acreditam que Deus os está protegendo. Em várias músicas que eles escutam, relatando o que “vivem” temos como exemplo: “Eu conheci o paraíso e eu conheço inferno, vi Jesus de calça bege e o diabo vestido de terno” (Racionais – “A vida é Desafio”). Acima de nós só Deus humilde, né, não? (Racionais – “Da ponte pra cá), dentre outras, para esses traficantes essas músicas, esses rap’s são tidos como hino.
Alegam que o tráfico é um meio de vida, uma forma de se sobreviver na comunidade, uma saída rápida para a falta de dinheiro, como maneira de se impor na sociedade e se sentir tão forte quanto outros.
O desemprego, ausência de renda levam a tentação de ilegalidade, por ser fácil, por vezes conseguir ganhos altos a margem da lei. “Ser ladrão aqui é a melhor profissão”.
As chances de conseguir ser alguém, ganhando dinheiro fácil é bem mais provável de acordo com o que lhes foi dado. A rede de tráfico é uma rede que abrange varias camadas e a principal delas é a classe média. No mundo do tráfico ninguém obriga ninguém a comprar drogas, compra quem quer. O traficante lógico estará lá para vender a droga, no entanto se não tivessem demandas, o trabalho seria inútil. Eles vendem porque tem quem compre.