Guerra fria
A primeira ligação entre Washington e Moscou foi através de uma linha quente. Em 30 de Agosto de 1963, a Casa Branca e o Kremlin ficariam à distância de minutos através de uma linha de telégrafo com mensagens encristadas. A cultura, através de filmes e livros, tratou de mediatizar este aparelho sob o nome de red phone (telefone vermelho), mas na verdade tratava-se de um telégrafo.
Tudo começou com a Crise dos Mísseis de Cuba, no ano anterior (1962). A União das Republicas Socialistas Sovieticas, retrucando contra a instalação dos mísseis norte-americanos na Turquia e também contra a tentativa de invasão do país de Fidel Castro, no célebre desembarque na baía dos Porcos, instalou-se mísseis nucleares na ilha, a escassos quilómetros dos EUA. Jonh F. Kennedy avisouaos americanos para se prepararem para o pior e a população começou a construir bunkers. O presidente dos EUA lançou um aviso à URSS de Nikita Khruchtchev de que iria reagir com armas nucleares se a situação não se alterasse.
As negociações foram demoradas e revelaram uma má comunicação entre as potências. Foram 13 dias de angústia, em que o temido "carregar no botão" esteve mais perto do que nunca esteve antes. A guerra esteve por um fio, mas não ocorreu. A situação acabou por ser resolvida com a retirada dos mísseis que estavam em Cuba.
Na sequência daquilo que podia ter levado a uma III Guerra Mundial, os assessores da Casa Branca alertaram prontamente para a necessidade de criação de uma linha direta entre Washington e Moscol. Porque, no auge da crise, os serviços irão demorar 12 horas para descodificar uma mensagem de 3000 palavras de Nikita Khrushchev. Ambos os lados ficaram com a percepção de que com uma comunicação direta tudo se teria resolvido mais facilmente.
Então em 20 de Junho de 1963, as duas potências fizeram o seu primeiro acordo bilateral em território neutro (Genebra). Segundo o acordo de melhoria de comunicação, apelidado de Hot Line(linha