Guerra do Paraguai
Como destaca o autor, em uma época em que ter nascido na Argentina ou no Uruguai não parecia fazer tanta diferença quanto compartilhar ideias identificáveis nas duas margens do Rio da Prata, a política interna dessas nações acabava por extrapolar as fronteiras nacionais e se encontrava, no plano regional, envolvendo princípios e interesses específicos que se entrelaçavam em determinados contextos políticos. As afinidades entre Blancos e Federalistas e entre Colorados e Unitários, colocavam lado a lado duas correntes de pensamento que iriam desempenhar papel de destaque nos rumos políticos de toda a região.
A Argentina, principalmente após a década de 1850, significou um sério ponto de atrito na perspectiva internacional do regime paraguaio. Rivalidades antigas, como a ideia da reconstrução do vice-reinado do Prata tendo a Argentina à frente e a presença de paraguaios expulsos em Buenos Aires, atacando abertamente o regime ditatorial de Solano Lopez, associados às fortes críticas publicadas nos jornais portenhos, engrandecia os pontos de atrito entre os dois países. As interferências argentinas na política interna uruguaia, sobretudo durante o governo do presidente Mitre, também irritaram Solano Lopez e, em grande medida, contribuíram para as desconfianças com relação aos interesses argentinos na região.
A política brasileira