GUERRA DE CANUDOS
SITUAÇÃO SOCIAL DE CANUDOS
As condições de miséria das populações que habitavam o interior do Nordeste brasileiro favoreciam a ocorrência de conflitos e revoltas sociais. Os sertanejos formavam bandos de cangaceiros que aterrorizam as populações locais e atacavam as fazendas dos coroneis, roubando tudo que podiam.
O cangaço era uma das formas mais comuns de luta contra a miséria e a fome. O emprego da violência de forma rotineira e de caráter vingativo, são as marcas do cangaço.
Essas condições também favoreciam o surgimento de líderes religiosos, conhecidos na região como beatos ou conselheiros. Pregando a salvação da alma, esses religiosos mobilizavam seguidores e formavam comunidades. Movimentos populares de caráter religioso eram uma outra forma primitiva de contestar e lutar contra a miséria e a fome. Eles se contrapunham ao catolicismo conservador vigente, e por esse motivo não eram bem vistos pela Igreja.
DESCREVER SOBRE A GUERRA
O governo da Bahia organizou expedições militares para destruir Canudos. A primeira, comandada pelo tenente Manuel Pires Ferreira, foi composta por 120 homens e terminou sendo vencida pelos fieis de Antônio Conselheiro, que estavam sob o comando de Pajeú e João Abade. A Segunda expedição, foi composta por 500 homens e foi chefiada pelo major Febrônio de Brito, mas também foi derrotada.
Diante do fracasso, foi organizado uma terceira expedição militar composta por 1.200 homens, sob chefia do coronel Moreira César - considerado pelos militares um herói do exército brasileiro. Ainda assim, a expedição foi vencida, e o coronel foi morto em combate. Com a terceira derrota, a resolução do problema passou para a competência do governo federal. O ministro da Guerra, Carlos Bittencourt, preparou uma quarta expedição que foi composta por 6 mil homens e chefiada pelo general Artur Oscar.
Fortemente armados, os soldados cercaram por três meses o arraial de Canudos, que sofreu forte bombardeio e depois foi invadido. O