Guerra de Canudos

430 palavras 2 páginas
Guerra de Canudos

No interior da Bahia, uma comunidade de desenraizados organizou-se em torno de um líder messiânico chamado Antonio Conselheiro, um cearense que pregava pelo sertão nordestino. Por meio de um discurso que identificava a ordem legal com o Mal e defendia uma prática social igualitária como preparação para o Juízo final, ele reuniu cerca de 30 mil pessoas, a maioria perseguida por coronéis e latifundiários. Em Canudos, a posse da terra e de seus produtos era coletiva; a comunidade plantava, criava gado e comercializava com as cidades vizinhas. Alardeando suas posições contrárias à separação entre Estado e Igreja, ao casamento civil, Conselheiro foi acusado de monarquista em um momento em que a recém-proclamada República brasileira procurava se consolidar. Embora ele tivesse alguma simpatia por um tipo ideal de monarquia, na verdade seu movimento e sua organização nada tinham de protesto político. Não foi assim, porém, que o governo encarou a situação de Canudos. Inicialmente, os integrantes dessa comunidade tiveram que se defender de duas expedições sucessivas da política baiana, a quem derrotaram com facilidade. A questão ganhou então importância nacional, e o governo federal enviou tropas militares para obter êxito. A guerra contra Canudos alcançou a parir daí profunda repercussão. Acompanhava esse curioso conflito que ocorria no sertão baiano um correspondente do jornal O Estado de S.Paulo, o engenheiro Euclides da Cunha. Baseado em suas observações e anotações, ele escreveu um conjunto de artigos e, anos mais tarde, redigiu uma das grandes obras de nossa literatura, denominada Os Sertões. Em ambos os gêneros textuais, ele descrevia a vida do sertanejo na comunidade de Canudos e as atrocidades da guerra. Como os conflitos eternizavam-se, desgastando a jovem República, o presidente Prudente de Morais enviou uma quarta expedição para finalmente esmagar Canudos. A resistência dos sertanejos durou até outubro de 1897, quando o arraial

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