Guerra de Canudos
O beato Antônio Conselheiro foi o líder desse movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com essas ideologias, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam.
Com o passar do tempo, as ideias iniciais de Antônio difundiram-se de tal forma que começaram a ser utilizadas por jagunços (nome dado aos seguidores de Antônio) para justificar roubos e atitudes que não tinham nenhuma relação com o ensinamento religioso. Este fato tirou por completo a tranquilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.
A primeira reação oficial do governo da Bahia deu-se em outubro de 1896, quando as autoridades de Juazeiro apelaram para o governo estadual baiano em busca de uma solução. Partiram de Salvador 113 soldados do 9º Batalhão de Infantaria comandados pelo Tenente Pires Ferreira. Ao chegar a Juazeiro a população estava em polvorosa e com medo. Porém, Canudos distava a mais de 150km de lá. Assim, o comando da expedição decidiu ir ao encontro de Canudos.
Ainda em Uauá, se depararam com uma procissão vinda de Canudos, com o objetivo de demonstrar que era um movimento religioso de paz. Porém, ao ver que muitos iam armados, os soldados com medo logo começaram a disparar contra a procissão, que terminou em sangue. Desse confronto resultaram 10 mortos do exército e 17 feridos e quase 80