Guerra de Canudos
A Guerra de Canudos é conhecida como um dos principais conflitos da monarquia e a instalação do regime republicano no país. Tendo como principal líder Antonio Conselheiro, que demonstrava insatisfação aos problemas socioeconômicos do Sertão, defendia uma pregação religiosa de cristianismo primitivo. Conselheiro atraiu muitos sertanejos que se identificam com que ele pregava.
No entanto, as autoridades eclesiásticas e setores dominantes da população viam em Antonio Conselheiro uma ameaça à ordem estabelecida. Em 1876 prenderam-no, alegando que ele havia matado a mulher e a mãe e o enviaram de volta ao Ceará, depois de solto, se dirigiu ao interior da Bahia onde pregava seus ideais contrários à ordem vigente, em 1893 com o aumento de seus seguidores fundou uma comunidade chamada Belo Monte ás margens do Rio Vaza-Barris.
Canudos, nome dado à comunidade por seus opositores era vista como uma ameaça aos interesses dos poderosos, de um lado a igreja alegava que seguidores de Antonio Conselheiro eram apegados à heresia e a depravação e por outro os políticos e senhores de terra diziam que Conselheiro era monarquista, temiam a queda do governo republicano.
Setores influentes e poderosos da sociedade da época atacam Canudos, a comunidade foi alvo de tropas republicanas, resistiam quatro investidas militares, sendo que na última expedição, movidos com armas como metralhadoras e canhões, a população foi massacrada, restaram poucas mulheres, idosos e crianças. Conselheiro morreu dias antes do último combate devido a sua saúde fragilizada ao acharem seu corpo deceparam sua cabeça e mandaram para que estudassem as características do crânio de um ‘’louco fanático’’.