Guerra da Laranjas
De fato, o avanço francês contra os espanhóis durou pouco tempo e fora resolvido com um novo tratado de cooperação. A partir desse momento, os portugueses eram pressionados pela Espanha a também se aliar à França. Entretanto, a Inglaterra, nação que exercia forte influência econômica em Portugal, lutava contra os exércitos revolucionários franceses e exigia que o governo português manifestasse apoio ao direcionamento britânico.
O desconforto da situação acabou dificultando a negociação de um tratado de neutralidade que atendesse as demandas de Portugal. Sem alternativas melhores, o governo lusitano organizou diversas tropas que esperavam uma vindoura invasão franco-espanhola aos seus territórios. Contudo, entre 1799 e 1800, algumas vitórias dos exércitos antirrevolucionários deram a Portugal a falsa impressão de que a guerra seria evitada em pouco tempo.
Precisando enxugar seus gastos militares e liberar os soldados para o trabalho agrícola, o governo português resolver diminuir os contingentes até ali empregados para uma possível guerra. Notando o recuo, os britânicos também decidiram deslocar os contingentes militares mantidos ali em Portugal. Com a saída britânica de seu território, os portugueses acreditavam que a neutralidade seria finalmente reconhecida.
Contudo, em fevereiro de 1801, a saída dos embaixadores espanhol e britânico de Lisboa reavivou o temor da guerra entre os portugueses. Poucos dias depois, os espanhóis enviaram uma declaração de guerra a Portugal. Mesmo com a confirmação oficial, os