guerra civil espanhola
Fascistas, monarquistas, grandes latifundiários, industriais e o clero passaram a lutar contra democratas, comunistas, anticlericais e operários. Havia começado a Guerra Civil, que se transformaria num conflito internacional e que, opondo fascistas e antifascistas, colocava em jogo o equilíbrio europeu.
Desde 1936, navios e aviões alemães e italianos participavam do transporte dos revoltosos falangistas do Marrocos para a Espanha. Mussolini encorajava esses grupos, procurando obter vantagens econômicas na Espanha e assegurar a hegemonia italiana sobre o Mediterrâneo Ocidental; a Alemanha intencionava obter prioridades nas exportações de minérios espanhóis, indispensáveis a sua indústria de armamentos. A França e a Inglaterra, por sua vez, temiam por seus interesses no Mediterrâneo, mas, como na crise etíope, mostraram-se indecisas. Em 1936, aplicaram uma política de não-intervenção que as demais nações aceitaram, mas que para os nazistas e fascistas serviu apenas para camuflar a ajuda ao franquismo.
No fim de 1937, mais de 60 000 camisas-negras desembarcaram na Espanha, e os alemães despacharam aviões, carros de combate e técnicos, transformando o país num campo de manobras onde experimentaram os armamentos que utilizariam na Segunda Guerra Mundial.
A ajuda estrangeira aos republicanos foi menos expressiva, advinda apenas das Brigadas Internacionais, de origem soviética, e de voluntários franceses — que não poderiam enfrentar os subsídios fasci-nazistas.