Grupo 5 Educa O Na Democracia Populista
CAPÍTULO 5
EM BUSCA DE UM PROJETO NACIONAL educação na democracia populista
Como ocorrera com os regimes que antecederam-no também para o Estado
Novo chega um tempo em que lideranças distintas apartadas do poder constituído se manifestam. A partir de 1943, começa a ganhar visibilidade o movimento em favor do retorno das liberdades democráticas, crescendo as pressões internas contra a ditadura de
Vargas. Pressionado por tais forças e pela aproximação do fim da 2ª Guerra Mundial, o presidente lança mão de um conjunto de medidas visando calar as vozes que lhe fazem oposição – presos políticos são anistiados, mudanças legais e eleições gerais anunciadas, uma Assembléia Constituinte convocada. O golpe contra Vargas, entretanto, é inevitável, sendo este deposto por forças civis e militares de oposição, em
2 de outubro de 1945.
Durante a fase compreendida entre a queda de Vargas e o início do regime militar inaugurado, em março de 1964, o país teve 8 presidentes: Eurico Gaspar Dutra
(1946-1951); Getúlio Vargas (1951-1954); Café Filho (08/1954-11/1955), Carlos Luz
(8 a 11/11/1955), Nereu Ramos (11/1955-1º/1956); Juscelino Kubtschek (1956-1961);
Jânio Quadros (1961); e João Goulart (1961-1964).
Denominações diversas têm sido atribuídas a este momento histórico: “nova democracia” (Basbaum, 1991, p. 167-249), “período democrático” (Fausto, 1996, p.
395-462), “redemocratização” (Parente, 2000, p. 381-408), “república populista”
(Farias, 1997, p. 222-224). Na verdade, este não é um período de definição simples.
Outro termo adequado para caracterizá-lo seria democracia limitada, pois neste intervalo o País oscila entre momentos de menor e maior fechamento político sem, entretanto, atingir a plenitude democrática.
A ambigüidade vivenciada no plano político encontra também expressão no campo econômico. Anseios estatizantes e nacionalistas convivem com um projeto de industrialização apoiado no estímulo ao capital estrangeiro.