Grupo 7 Retorno Ao Estado Democr Tico
CAPÍTULO 7
NOVOS RUMOS PARA A EDUCAÇÃO retorno ao Estado democrático
Como se viu, a eleição de Tancredo Neves para a presidência da República assinala o encerramento de um ciclo que se completa com a volta dos militares à caserna. Com José Sarney, inicia-se a transição para o retorno a um Estado democrático.
Em 1990, assume o poder o primeiro presidente eleito pelo voto direto (Fernando Collor de Mello), depois do regime militar. Por estar tão próximo, o intervalo compreendido entre 1985 e 2000, ainda não possibilita a visão própria dos estudos de cunho histórico, que pedem um olhar de “longa duração” (Braudel, 1982).
Estando o momento atual em processo de construção, algumas de suas características ainda são difusas. assim, aqui se presta melhor olhar de “curta duração”, peculiar às análises das políticas públicas contemporâneas. Cientes de tais limites,optou-se por trazer à luz alguns elementos da história recente da educação brasileira sob a perspectiva de uma aproximação parcial e provisória. Com o tempo e a isenção que esta distância crítica há de propiciar, o que hoje parece essencial pode vir a tornar-se acessório e vice-versa. Quando este horizonte estiver mais claro, outros intérpretes, por certo, hão de escrever novas versões para esta história.
Conforme observado no capítulo 6, os anos nos quais o País viveu sob a ditadura militar trouxeram para educação um projeto político claro, expresso em duas reformas de grande impacto – a reforma universitária (1968) e profissionalização do ensino médio (1971). Diferentemente do regime militar, os “tempos de transição”
(Vieira, 2000), como a própria expressão sugere, não tem um projeto com contornos definidos desde o seu nascedouro. O consenso desta fase inicial, em verdade,é a vontade política de mudar e de estabelecer a plenitude do estado de direito.
O retorno à democracia no Brasil, não se dá por simples outorga ou concessão dos militares. Como já