Gripe e Rotavírus

ROTAVIRUS

Os rotavírus são membros da família Reoviridae, classificados no gênero rotavírus. São divididos em sete sorotipos A a G, os sorotipos A, B e C infectam o homem enquanto que os sorotipos D e G não tem sido associado a patologia humana. O rotavírus foi visualizado primeiro pela Bióloga Ruth Bishop em 1973, em Melbourne, Austrália. Utilizando microscópico eletrônico ela observou partículas na mucosa duodenal de crianças acometidas pela gastroenterite não bacteriana.
Nos países em desenvolvimento estima-se que a gastroenterite agudas associadas à rotavírus causam de 600.000 a 780.000 mortes de crianças de 0 a 5 anos anualmente, o que representa de 20 a 25% de óbitos por doenças diarreicas no mundo. Em cifras mais eloqüentes morrem a cada dia 2.000 crianças com quadro diarréico causado por esses patógenos.
A gastrenterite infecciosa causada por rotavírus não ocorre apenas em crianças, é comum em jovens e adultos, principalmente os portadores do vírus HIV, e os que vivem em ambientes hospitalares também apresentam surtos esporádicos de diarréia aguda. A transmissão ocorre por via fecal – oral, por água ou alimentos contaminados. Quando o ser humano ingere o rotavírus, a proteína VP4 que se situa na superfície do vírus é fracionada pelas enzimas pancreáticas, tripsina e elastase em duas proteínas menores que são:VP5 e VP8, após ocorrer este fenômeno o rotavírus se adere nas células do epitelio intestinal, e após este fenômeno o vírus se adere as células epitelial intestinal, ocasionando lesão das células epiteliais intestinais desencadeando o fenômeno de má absorção, devido à depressão transitória do nível das dissacaridases que resulta o caráter osmótico da diarréia.
No Brasil, os primeiros casos de rotaviroses foram identificados em 1976, pelo pesquisador do Instituto Evandro Chagas, Alexandre Linhares. Em nosso país a sazonalidade é variável, com aumento na incidência dos rotavírus nos meses mais frios ou no período da seca, entre maio e setembro,