Greve Geral dos Operários
No Brasil, a greve dos operários aconteceu no começo do século XX a partir de uma sucessão de lutas por mudanças nas relações entre trabalhadores e empregadores. A luta operária manifestou-se a partir das ideias anarquistas e socialistas difundidas na Europa. Com a massa operária unida, os grupos manifestavam-se publicamente a favor da conquista de melhores condições de trabalho, tais como: melhores salários, jornada de trabalho de oito horas, direito a férias, fim do trabalho infantil, proibição do trabalho noturno para as mulheres, aposentadoria e assistência médica. A Legislação trabalhista somente foi implantada no Brasil no ano de 1943.
Greve Geral dos Operários
A Greve Geral de 1917 é o nome pela qual ficou conhecida a paralisação geral da indústria e do comércio do Brasil, em Julho de 1917, como resultado da constituição de organizações operárias de inspiração anarcosindicalista aliada à imprensa libertária. Esta mobilização operária foi uma das mais abrangentes e longas da história do Brasil. O movimento operário mostrou como suas organizações (Sindicatos e Federações) podiam lutar e defender seus direitos de forma descentralizada e livre, mas de forte impacto na sociedade. Esta greve mostrou não só a capacidade de organização dos trabalhadores, mas também que uma greve geral era possível.
A literatura popular refletiu as lutas desse período. Em particular a coleção Romance do Povo, que reuniu 25 títulos de autores de vários países. Um desses livros é de Alina Paim, autora brasileira que militou no Partido Comunista do Brasil e colaborou na elaboração de uma narrativa literária que espelhasse as lutas do povo, revelando o futuro de inevitáveis conquistas para o proletariado. A hora próxima, título que compôs a coleção, vendeu 10 mil exemplares somente na primeira tiragem, em 1955.
Na esteira das grandes mobilizações operárias lideradas pelo anarco-sindicalismo no início do século, a