Grecia berço da democracia
“...foram os gregos que descobriram não apenas a democracia, mas também a política a arte de decidir através da discussão pública e, então, de obedecer às decisões como condição necessária da existência social civilizada. Não pretendo negar a possibilidade de que houvesse exemplos anteriores de democracias, as chamadas democracias tribais, por exemplo, ou as democracias na antiga Mesopotâmia, que alguns assiriologistas acreditam poder reconstituir através de investigação. Quaisquer que possam ser os fatos sobre estas últimas, eles não tiveram impacto histórico algum nas sociedades mais recentes. Os gregos, e apenas os gregos, descobriram a democracia nesse sentido; exatamente como Cristovão Colombo, e não algum navegador viking, descobriu a América ”1
A democracia ateniense era direta, e nisso se diferencia de nossas democracias modernas. De acordo com o historiador Morgens Herman Hansen:
“Nos estados modernos, temos a tendência de associar o poder executivo e o governo ao Estado, ao invés de associá-lo ao povo; mas, em uma pólis democrática, particularmente em Atenas, os órgãos do governo coincidiam amplamente com o corpo de cidadãos.”2
Surgiu também um conselho de 500 membros, a Bulé, mudado anualmente, que era constituído por cidadãos com idades acima dos 30 anos que não podiam servir mais do que duas vezes na vida. A Bulé era o pilar da democracia.
Esta alternativa incluía camponeses, mas excluía as mulheres. Entretanto, como experiência política seria a mais imitada e copiada de todas.
Não havia nesse tempo partidos