Gravidez e Fisiologia Fetal
Durante toda a vida fértil da mulher, entre 13 aos 45 anos, a cada 28 dias, aproximadamente, um óvulo é expelido do ovário e atinge uma das tubas uterinas.
O óvulo permanece vivo e em condições de ser fecundado durante um período entre 8 a 24 horas.
Durante o ato sexual o aparelho reprodutor masculino, através do pênis, ejacula um líquido contendo entre 200 a 400 milhões de espermatozóides no interior da vagina. Os espermatozóides, então, através de movimentos de sua cauda, movem-se através do canal vaginal em direção à cavidade uterina e em direção às tubas uterinas. Contribuem também para o deslocamento dos espermatozóides as contrações rítmicas que ocorrem no canal vaginal, útero e tubas uterinas durante a fase de excitação máxima no ato sexual feminino (orgasmo).
A grande maioria dos espermatozóides morrem durante sua jornada, tanto na cavidade vaginal como na uterina. Mesmo assim, poucos minutos após o côito, algumas centenas ou alguns milhares de espermatozóides atingem a tuba uterina. Os espermatozóides permanecem vivos durante 24 a 48 horas. Se, durante este período, um óvulo se encontrar também vivo em uma das tubas uterinas, centenas de espermatozóides se aproximarão do mesmo. Na medida em que uma grande quantidade de espermatozóides aproxima-se de um óvulo, uma camada de células epitelióides que o envolvem (corona radiata), aos poucos, vai se dispersando. Um dos motivos é a liberação de enzimas proteolíticas liberadas pela cabeça dos espermatozóides. Outro motivo seria a presença de secreção alcalina na tuba uterina. Com tal dispersão a corona radiata vai se desfazendo e a membrana do óvulo torna-se menos protegida, possibilitando a penetração de um espermatozóide.
A partir do momento em que um espermatozóide atravessa a membrana do óvulo, uma alteração química ocorre na mesma impedindo a penetração de qualquer outra célula. O óvulo, então, passa a ter 2 núcleos que neste momento são denominados pró-núcleos (1 pró-núcleo