Gravidez na adolescência
A adolescência delimita a transição da infância a idade adulta, cronologicamente abrangendo dos 10 aos 19 anos. Trata-se de um período de profundas modificações, marcado pela transição entre a puberdade e o estado adulto do desenvolvimento. Nessa fase, a perda do papel infantil gera inquietação, ansiedade e insegurança frente à descoberta de um novo mundo. (CEARÁ, 2003)
Constitui-se de características próprias, que a diferenciam das demais faixas etárias. Este é um período confuso, de contradições, de formação da identidade e da autoestima. É quando se deve deixar de ser criança para entrar no mundo adulto, repleto de responsabilidades e cobranças, mundo este tão desejado pela sensação da liberdade a ser adquirida, mas também tão temido. (RAMOS. et al, 2000)
Na realidade brasileira, muitas vezes a adolescente, além dos conflitos próprios da faixa etária, vê-se com outras questões conflituosas, como a ocorrência de uma gravidez. Sendo essa um período de grandes transformações para a mulher. Com tantas novidades, essa fase pode acabar gerando duvidas e sentimentos de fragilidade, insegurança e ansiedade na futura mamãe. Alguns dos principais temores são alterações na autoimagem corporal e não ter uma criança saudável. Outros temores são relacionados ao feto e a função de gerar, nutrir e parir. (MOREIRA. et al, 2008).
A incidência de grávidas adolescentes no Brasil é considerada elevada, correspondendo a 21,6% do total de grávidas em 2006. O acesso ás políticas de prevenção e orientação sobre saúde sexual tem sido considerado de grande importância na redução do numero de partos feitos em adolescentes na rede publica brasileira, que diminuiu em 30,6% dos últimos dez anos. Um dos aspectos agravantes dessa questão é que a gravidez na adolescência é mais frequente nos estratos de renda mais baixa e, para muitas jovens, engravidar é uma escolha tomada como um meio de inserção social. É notável, ainda, a relação existente entre gravidez e