Gravidez na Adolescência
Os índices de gravidez na adolescência nas classes sociais desfavorecidas têm aumentado consideravelmente nas últimas décadas e a faixa etária é de mulheres cada vez mais jovens, configurando um problema de Saúde Pública. Os dados do sistema único de saúde . (SUS) demonstram o crescimento do número de internações para atendimento obstétrico nas faixas etárias de 10 a 14, 15 a 19 e 20 a 24 anos. As internações por gravidez, parto e puerpério correspondem a 37% das internações entre mulheres de 10 a 19 anos no SUS. Para entender tal fenômeno , a compreensão da sexualidade se torna um elemento importante para a análise da dinâmica do adolescente que vive nas grandes cidades. Na atualidade, vê-se o exercício da sexualidade começando cada vez mais cedo, impulsionado pela imposição social as crianças tem sido levada a adolescerem precocemente. Em função da evolução do pensamento humano várias concepções e valores tem se modificado. Assim, é percebida de forma diversa a virgindade, o casamento, a maternidade, o amor, os papéis sexuais dentro das relações conjugais e sociais.Sem uma definição clara de como se posicionar diante disso, o adolescente contemporâneo vive sua sexualidade em meio às referências que invadem seu imaginário. Diante disso é necessária uma reflexão para se entender os motivos que levam essas meninas a engravidar, considerando esse acontecimento como multicausal. A gravidez na adolescência não pode ser vista como um fato isolado, mas como parte da busca da identidade da menina e de uma certa atitude de rebeldia diante da família e do contexto histórico-social amplo do qual faz parte. É preciso ouvir e valorizar os sentimentos e preocupações dos jovens para conhecer o mundo adolescente: as pressões e os constrangimentos podem dar pistas das dificuldades que enfrentam na hora de optar e usar um método anticoncepcional, e dos entraves para a negociação dos métodos entre parceiros. Escutar, compreender, valorizar